Obras de retrofit: qual a diferença para reforma e quando fazer?
As empresas, indústrias e condomínios comerciais cada vez mais procuram a modernização e revitalização dos espaços e prédios existentes. Mas será que você precisa de uma reforma, restauração ou de obras de retrofit?
Neste conteúdo, vamos explicar as diferenças entre os conceitos, mostrar como as obras de retrofit chegaram para ficar e podem ajudar as organizações. Vamos lá!
O que são obras de retrofit?
Para começar, vamos explicar o conceito de retrofit. Surgido na Europa e nos Estados Unidos, seu significado na tradução do inglês é “colocar o antigo em forma”. Essa palavra tem chamado cada vez mais a atenção do mercado de construção civil, de engenheiros e arquitetos.
Afinal, o termo corresponde ao processo de revitalização de edifícios, envolvendo uma série de ações com o objetivo de modernização e adaptação das instalações.
Ou seja, esse trabalho ajuda a preservar os pontos positivos de um espaço ou construção existente, revitalizando aspectos ultrapassados ou deteriorados, adequando o prédio às exigências atuais e ampliando a vida útil.
Todas essas mudanças, adequações e melhorias de equipamentos e instalações, com as obras de retrofit, visam aumentar o conforto e a funcionalidade do local, proporcionando bem-estar para as pessoas, sejam colaboradores, clientes, visitantes, fornecedores, entre outros.
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Retrofit x Reforma x Restauração
Depois dessa breve explicação, você pode estar se perguntando se o retrofit não é igual a uma reforma ou restauração. Mas a resposta é não. Vamos às diferenças!
A reforma é um processo mais simples, sendo uma pequena intervenção que não altera por completo o espaço. Já o retrofit envolve uma atuação mais ampla na atualização e modernização do prédio ou instalações, podendo ser em um ou diversos sistemas e estruturas, como iluminação e fachada, por exemplo.
Vale lembrar também que a reforma pode modificar a edificação para atender às necessidades da empresa, mudando até o estilo arquitetônico da construção. Enquanto isso, o retrofit tem a preocupação de manter as características originais mesmo com a revitalização.
O projeto de restauração, por sua vez, traz uma importância ainda maior ao valor histórico para que o prédio possa ser identificado como representativo de determinada época no futuro. Logo, as restrições históricas são maiores.
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Principais aspectos que podem ser modernizados com o retrofit
Diversos espaços, sistemas, instalações e estruturas podem ser alvos das obras de retrofit. Podem por exemplo ocorrer a modernização da fachada, de piso e revestimentos, da hidráulica, elétrica, telefonia, automação, do ar-condicionado, entre outros.
Vamos ver os principais tipos de retrofit que podem ser implementados:
– Sistemas de segurança, informática e telefonia: é possível trocar as instalações por sistemas tecnológicos novos e mais funcionais. Além disso, o retrofit pode englobar a substituição do piso tradicional pelo elevado, ideal para esconder fios e cabos, facilitando o trabalho de manutenção e melhorando a estética.
– Sistemas de ar-condicionado e iluminação: muitas empresas passaram a adotar soluções mais econômicas e sustentáveis para diminuir o consumo de energia. Pensando na questão estética, é possível instalar forros de gesso para esconder fios de iluminação e instalações de ar-condicionado.
– Atualização da portaria, hall e elevadores: as obras de retrofit aqui vão muito além da decoração e devem ter como objetivo melhorar e aprimorar as instalações, com reforço de estrutura, acabamentos e modernização de elétrica e hidráulica. Tudo para trazer vantagens para a empresa e para os frequentadores.
– Mudanças de layout dos andares: é comum que condomínios comerciais troquem a distribuição da área construída de um andar, com alterações das plantas e do tamanho das salas e escritórios, como por exemplo com a demolição de paredes para aumento da área útil. Tais alterações estruturais precisam de aprovação da prefeitura.
– Pisos e revestimentos: esses elementos podem ser trocados para superar problemas de rachadura, para melhor adaptação do ambiente ao calor, para esconder fios e tubulações, para reforço de estrutura etc.
– Fachadas: a questão das fachadas é ainda mais ampla e pode variar desde a mudança de pintura até a troca de vidros e janelas, adição de estruturas metálicas, novas iluminações e demais aspectos. Esse tipo de alteração também exige aprovação da prefeitura.
Quando é necessário realizar obras de retrofit?
Como mencionado anteriormente, as motivações podem ser variadas para a realização de obras de retrofit para modernização. Mas há alguns fatores que mostram que está na hora de revitalizar um espaço ou ambiente. Os principais são:
- Custos de manutenção cada vez mais elevados;
- Fim da vida útil das instalações;
- Adaptação da edificação a novas normas de acessibilidade, tecnologias sustentáveis etc.
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Quais as vantagens do retrofit?
Fica claro que o retrofit traz inúmeros benefícios para as empresas e condomínios comerciais que optam por esse tipo de obra. Afinal, além de atualizar e modernizar as instalações, garantindo maior integração e funcionalidade, esse serviço requalifica e valoriza o ativo.
Entre as vantagens para as empresas, vale destacar também:
- Criação de instalações modernas, atualizadas e personalizadas;
- Aumento da sustentabilidade das edificações;
- Revitalização dos espaços corporativos;
- Evolução e melhoria na estética de escritórios e fachadas;
- Atendimento às regras das legislações atuais;
- Valorização do prédio ou espaço no mercado;
- Melhor imagem da empresa junto ao mercado.
E até mesmo para os profissionais que trabalham nas organizações que passam por essas obras, há benefícios. Veja alguns:
- Melhora do bem-estar e conforto no ambiente de trabalho;
- Espaço mais colaborativo para troca de ideias e desenvolvimento de projetos;
- Maior motivação e satisfação dos colaboradores.
Estes aspectos podem, inclusive, ajudar a aumentar a produtividade e a performance da equipe, além de elevar o índice de retenção de talentos.
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Como fazer um projeto de retrofit
Para iniciar as obras de retrofit, os responsáveis precisam fazer um estudo detalhado do que será contemplado no projeto. Afinal, como vimos acima, diversos aspectos podem passar por esse processo de modernização na empresa.
Então, a equipe direcionada para esse trabalho, seja interna ou contratada terceirizada, deve entender os elementos prioritários para preservar na estrutura da organização. Com isso em mente, é possível estabelecer os cuidados necessários durante o projeto para não prejudicar os componentes.
A etapa seguinte diz respeito a pesquisar os melhores materiais com bom custo-benefício e os fornecedores adequados para comprar esses insumos. Além disso, deve-se avaliar a mão de obra especializada para atuar no projeto.
Depois do planejamento e da aquisição dos materiais necessários, chega a hora de colocar a mão na massa e realizar a modernização das estruturas, com acompanhamento dos prazos, dos custos e um gerenciamento de obras eficiente até a entrega final.
Atenção à legislação nas obras de retrofit
Um ponto importante em relação ao retrofit é que os gerentes de obras devem ter atenção sobre a logística e as legislações. Vamos entender melhor:
Logística: boa parte dos edifícios comerciais, empresas e escritórios que passam por essas obras ficam em áreas muito povoadas. O que dificulta o acesso, a entrega de materiais, a retirada de entulhos, a movimentação dos profissionais e ainda pode gerar problemas com estabelecimentos vizinhos. Portanto, é bom ficar de olho neste item.
Legislação: os projetos de retrofit devem respeitar as legislações e determinações impostas por órgãos públicos, como o Corpo de Bombeiros, e por entidades de classe como Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
Uma norma relevante, neste sentido, é a NBR 15575, que trata do desempenho de edificações habitacionais e de suas características para promover conforto, acessibilidade, higiene, durabilidade e segurança.
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