Gestão e Otimização de Energia Reativa: Evitando Desperdícios e Multas na Conta de Luz Empresarial
Você já se deparou com siglas como EREX (Energia Reativa Excedente) e FER (Faturamento de Energia Reativa) em sua conta de luz empresarial? Ou talvez tenha notado apenas a descrição ‘excedente de consumo reativo’ sem entender completamente o que significa?
Se a resposta for sim, é hora de aprofundar seu conhecimento sobre energia reativa, pois essas cobranças podem estar impactando suas finanças sem o seu conhecimento.
Em um cenário onde as tarifas de energia elétrica estão em constante alta, qualquer taxa adicional pode prejudicar significativamente o orçamento empresarial.
No entanto, compreender o motivo dessas multas permite correções que levam a um consumo mais eficiente.
O que é Energia Reativa?
A energia reativa é aquela consumida pelos equipamentos elétricos e eletrônicos não para realizarem suas funções, mas para criar o campo eletromagnético necessário para seu funcionamento.
Medida em kVArh (quilo-volt-ampère-reativo-hora), a energia reativa coexiste com a energia ativa, esta última responsável por fazer os motores e equipamentos efetivamente realizarem suas tarefas.
Tanto a energia ativa quanto a reativa são essenciais para o funcionamento da infraestrutura de uma empresa, mas o excesso de energia reativa pode prejudicar o sistema elétrico, aumentando as perdas de energia, o aquecimento dos fios e a queda de tensão. Manter a energia reativa em níveis mínimos é crucial para evitar despesas adicionais com ajustes na rede elétrica.
Problemas do Excesso de Energia Reativa
Quando os equipamentos consomem excessiva energia reativa, ocorre uma redução no fator de potência, uma medida importante que deve ser acompanhada na conta de luz. Se o fator de potência for inferior a 0,92, a unidade consumidora está sujeita a multas e aumento nas tarifas, de acordo com a Resolução n.º 414 da ANEEL.
Além do impacto financeiro, o excesso de energia reativa pode gerar calor, levando ao superaquecimento de equipamentos. A necessidade de adaptação de condutores e transformadores para suportar esse excesso de calor aumenta os custos, prejudicando a eficiência do sistema elétrico. O aumento das quedas de tensão também pode afetar as operações e acelerar o desgaste dos equipamentos.
Equipamentos Geradores de Energia Reativa
Diversos equipamentos contribuem para a geração de energia reativa, especialmente aqueles que possuem bobinas. Transformadores grandes para cargas pequenas, motores superdimensionados e lâmpadas de descarga sem correção do fator de potência estão entre os principais geradores desse tipo de energia.
Evitando Multas por Energia Reativa
Agora que compreendemos a diferença entre energia ativa e reativa, é fundamental saber como evitar multas e otimizar o consumo de energia na empresa. Algumas estratégias eficazes incluem:
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Acompanhamento das Faturas de Energia
– Verificar o descritivo da fatura mensalmente para identificar cobranças relacionadas à energia reativa.
– Realizar uma análise detalhada do sistema elétrico para corrigir as inadequações do processo operacional que geram energia reativa.
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Melhorias no Banco de Capacitores
– Instalar um banco de capacitores para controlar as variações de potência dos equipamentos.
– Corrigir o fator de potência, mantendo-o acima de 92%, conforme exigido pela ANEEL.
– Aproveitar a eficiência do sistema elétrico para incluir novos equipamentos sem grandes ajustes na infraestrutura.
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Inclusão de Medidas Preventivas
– Avaliar o conjunto de equipamentos da empresa para identificar itens ociosos ou superdimensionados.
– Verificar a presença de muitas máquinas com motores de baixa potência e lâmpadas que utilizam reatores.
– Redistribuir as cargas em vários circuitos para otimizar o consumo.
A gestão e otimização da energia reativa são cruciais para manter a eficiência do sistema elétrico, evitar multas desnecessárias e reduzir os custos operacionais. Ao implementar estratégias proativas, as empresas podem não apenas melhorar sua posição financeira, mas também contribuir para a sustentabilidade ao reduzir o desperdício de energia.
Portanto, é essencial investir em medidas que promovam um consumo eficiente e alinhado com as normativas vigentes.
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